Dengue, zika e chikungunya: facilidade com que são confundidas

A infectologista Rita Uchoa, moradora de Rio Branco, em entrevista para o site G1 comenta as recentes epidemias de dengue, zika e chikungunya. Ela cita a facilidade com que as doenças podem ser confundidas, dado seus sintomas semelhantes.

Segundo ela, a conduta a ser seguida no tratamento das enfermidades é o mesmo, inicialmente, já que não é possível a realização  de um diagnóstico em um primeiro momento. Sendo assim, as medidas tomadas são direcionadas para cuidar da dengue. Tais como, ingerir grande quantidade de líquidos, fazer uso dos medicamentos dipirona ou paracetamol para reduzir febre e dores corporais. No caso de dores abdominais intensas, hemorragias, insuficiência respiratória, dentre outros sintomas mais graves, recomenda-se a consulta de um profissional.

Mas apesar das similaridades, as peculiaridades existem. Nas palavras da médica, a chikungunya “dá uma dor nas articulações que pode durar um tempo maior. Normalmente, quando passa a febre, a dor permanece”, ressalta. Já a zika caracteriza-se por manchas corporais e olhos avermelhados, mesmo sem a ocorrência de febre. E a despeito da baixa mortalidade, se uma gestante contrair a doença, o bebê pode ter problemas futuramente.

Quem viveu a semelhança entre ambas foi a auxiliar de limpeza Maria Dias. Ela conta que quando adoeceu pensou ser dengue, mesmo sem ter tido febre, e que agora a suspeita mudou. Seus sintomas foram inchaço, dormência dos membros e nervos doloridos, mas como não houve febre a dengue foi descartada, ” A suspeita agora é chikungunya”, completa.

Mediante isso, a especialista Rita lembra que é possível contrair as três doenças ao mesmo tempo, considerando que todas são transmitidas pelo mesmo mosquito, Aedes aegypti. primeira ocorrência simultânea das três  foi registrada por infectologistas colombianos na revista científica “Journal of Infection and Public Health”; um paciente de 49 anos, morador de Sincelejo.

A título de curiosidade, Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) divulgou no mês de fevereiro que o número de casos suspeitos de chikungunya no estado cresceu 69%, as antes 32 notificações de doenças subiram para 54.

Em relação à zika, os boletins epidemiológicos mostraram que  , entre o fim de 2015 e o início de 2016, o estado notificou 100 ocorrências desta, sendo que 3 são recém-nascidos com microcefalia. Além desses, outros 21 casos, também da doença neurológica, estão sob investigação, apesar das genitoras não terem tido sintomas de zika.

 

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